A moda dos covers!

Muitas vezes os músicos, que são menos aclamados pelos críticos e têm uma imagem que é associada ao estilo “pimba” e ao mau-gosto, são os que depois aparecem no topo das listas críticas.
Um exemplo disso é a cantora Britney Spears, tantas vezes acusada pelos críticos de ser mais manequim do que cantora e pelo público de ser “bimba” e que, no entanto, conseguiu com a música “Toxic” entrar em imensos top 10 dos críticos e chegar a nº 1 de vendas em vários países. Então, porque é que isso acontece?
Acontece porque as pessoas começam a assimilar que não é nada “fixe” gostar de Britney Spears mas a verdade é que as músicas dela são “fixes”.
As pessoas dão-se ao prazer de ouvir este tipo de cantores mas com um sentimento de culpa por gostar deles. Actualmente, descobriu-se uma maneira, que está muito na moda, de poder desfrutar dessas músicas sem a impressão de culpa: os covers. No caso de Britney, uma banda de rock de Chicago, os Local H, resolveram fazer um remake dos hits da cantora, que apesar de fiel ao original oferece algo de novo, principalmente a prepoderância da guitarra-elétrica.
O que os Local H fizeram foi mostrar que a música “Toxic” é fantástica independentemente da atitude de quem a canta. Além disso, revelou-se ser uma excelente estratégia uma vez que a banda que era praticamente desconhecida conseguiu alcançar o seu 1º sucesso na rádio.
Deste modo, actualmente proliferam os covers de músicas, principalmente do estilo pop, que vão alcançando sucesso como o original, os New Found Glory e Chronic Overboogie tornando divertida a melancólica música “My Heart Will Go On” de Celine Dion e os Starting Line reinventaram a música “I’m Real” da Jennifer Lopez.
Pode ficar-se com a impressão de que quando uma banda rock ou hippie faz um cover de um cantor pop, fá-lo com uma intenção irónica, mas se fosse só isso porque é que alguns covers são tão bons?
Também é de relembrar que a maior parte dos hits da música pop não são escritos por quem os canta mas por compositores profissionais, por isso as músicas têm as rimas, as letras e os ritmos certos. Portanto, a maior parte da vezes as músicas são suficientemente boas para transcender o “pacote” original onde estão inseridas e claro, um artista talentoso pode dar facilmente uma segunda vida aos hits.
Agora se gostar muito de uma música interpretada por um cantor nada “fixe” sempre pode esperar pelo cover de um outro cantor mais “in”.
Fonte: http://www.mtv.com/